segunda-feira, 29 de julho de 2013

MAIS UMA EDIÇÃO DA SEXTA DA CULTURA É REALIZADA EM BREJINHO


Foi realizada neste dia 26 de julho, sexta-feira, mais uma Edição da Sexta da Cultura.  

O evento que já é tradição ocorreu no clube do Bastinho e teve como objetivo mais uma vez valorizar e reverenciar a população brejinhense amantes da cultura. 

A noite contou com presenças de vários poetas, declamadores e apologistas da cultura do Pajeú como: Dudu Morais, Alexandre Morais, Zé Adalberto, Aldo Berto, As irmãs Amaral, Lucas Rafael Genildo Santana, além de muitos outros. 

Um público muito grande e fiel compareceu ao evento que vem crescendo a cada edição e como todo evento tem sempre uma atração mais esperada, na sexta da cantoria não podia ser diferente, mesmo tendo no plantel uma constelação de poetas e apologistas.

Fonte: Thadeu Filmagens







quarta-feira, 24 de julho de 2013

A música está de luto: morre Dominguinhos!


A MÚSICA CHORA A DOR DA MORTE DE DOMINGUINHOS




Ontem (23/07), ao acessar a internet, deparei-me com a notícia da morte de Dominguinhos. Quanta dor a poesia e a música sentem hoje. Perde uma das maiores vozes, um dos maiores sanfoneiros da música de nossa raiz, de nosso sertão!

Em 17 de dezembro de 2012, Dominguinhos foi internado no Hospital Santa Joana, no Recife, com infecção respiratória e arritmia cardíaca. No dia 15 de janeiro, a pedido da família, foi transferido para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde se encontra em coma, depois de duas paradas cardíacas.

Dominguinhos era músico brasileiro. Cantor, sanfoneiro e compositor, fez parceria musical com Gilberto Gil, Nando Cordel e Chico Buarque, Anastácia, entre outros.
Nasceu em Garanhuns, Pernambuco, no dia 12 de fevereiro de 1941. Filho de mestre Chicão, tocador e afinador de fole de oito baixos, começou sua carreira artística ainda na infância, quando formou um trio com seus dois irmãos. Seu instrumento era o pandeiro e o trio se apresentava nas feiras livres, em botequins e porta de hotéis.
Em 1948, tocando na porta de um hotel, foi ouvido por Luiz Gonzaga, que se encantou com a habilidade dos meninos e entregou-lhes seu endereço no Rio de Janeiro. Em 1954, junto com sua família, num caminhão pau-de-arara, foi para o Rio de Janeiro. Logo que chegaram em Nilópolis, Luiz Gonzaga tornou-se seu padrinho e o presenteou com uma sanfona.
Com o nome artístico de Neném do acordeon, começou a tocar nos bares, churrascarias, cassinos e boates. Em 1967, ingressou na Rádio Nacional, ano em que gravou seu primeiro disco. Passou a ser convidado para gravações e shows de cantores famosos, entre eles, Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Betânia.
Dominguinhos teve como parceira a cantora e compositora Anastácia, que fez a letra de 210 músicas compostas por ele. Fez parcerias com Chico Buarque, na música "Tantas Palavras", com Nando Cordel, em "De volta pro meu aconchego" e "Isso aqui tá bom demais", com Gilberto Gil, nas músicas "Lamento Sertanejo e Abri a porta", entre outras. Com diversos discos gravados, com seu característico chapéu de couro, Dominguinhos se apresentava por todo país, tocando com sua sanfona, o forró, música típica do Nordeste do Brasil.

Em sua homenagem, escrevi o seguinte:

Hoje parte da música silencia
E Gonzaga te espera sorridente
Pois, pra ele, tu foste, certamente,
Uma parte da sua maestria!
A sanfona foi tua poesia,
Companheira com tanta lealdade...
Os teus dedos fizeram, na verdade,
Junto à voz, melodia do Sertão...
E o teu canto, só a voz do coração,
Balbucia a canção de uma saudade!

domingo, 21 de julho de 2013

O silêncio da noite é que tem sido/ Testemunha das minhas amarguras ( Severina Branca)


No mote de Severina Branca escrevi o soneto, para homenageá-la!

Sonho perdido

Debruçada nos sonhos que o passado
Ofertou – me, somente uma lembrança:
Sigo a vida, a viver sem esperança
De tornar um ou outro consagrado.


O meu peito demonstra estar cansado
De sofrer! Pobre peito! E quem não cansa?
Tantas dores do tempo de criança
Que tornaram meu mundo amargurado!

E buscando matar a ansiedade
Vou bebendo alguns goles de saudade,
Procurando livrar-me das torturas...



E nos braços, do sonho, ora perdido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras!
( Veronica Sobral)

Homenagem a Severina Branca: linda inspiração!



POETISAS DO PAJEÚ E CARIRI HOMENAGEIAM SEVERINA BRANCA


Nesse sábado (20/07), o Centro de Inclusão Digital de São José do Egito tornou-se palco de um grade evento: Homenagem a poetisa Severina Branca e Lançamento do livro de Cancão organizado por Ésio Rafael, Marcos Passos e Lindoaldo. 

Severina Branca, lá de Mundo Novo é, ainda, uma das grandes poetisas da nossa região. Durante um período de sua vida, prostitui-se para sobreviver, alimentar o corpo e o vício. Era alcoólatra. Autora de grandes poemas e de motes marcantes, como:" O Silêncio da noite é que tem sido/ Testemunha das minhas amarguras", Severina sempre retratou o sofrimento, a saudade, a tristeza. Hoje cega e sem beber, já não tem tantos amigos como antes, porém vez por outra ainda diz motes e versos.

No inicio da homenagem quando os de violeiros Afonso Pequeno e Lázaro Pessoa cantavam, Severina gritou um mote de lá e os violeiros desenrolaram as glosas.

No palco,  as poetisas: Adriana Souza – Tuparetama/PE, Ágda Moura – Prata/PB, Carina Acioly - Afogados da Ingazeira/PE, Erivoneide Amaral – Afogados da Ingazeira/PE, Joyce Maria – Brejinho de Tabira/PE, Mariana Veras – Tuparetama/PE, Monique D’ângelo – Itapetim/PE, Sara Cristovão – Brejinho de Tabira/PE, Verônica Sobral - Tabira/PE, Thielly Dias - Livramento / PB emocionaram o público declamando poesia em homenagem à Severina. Belíssima a resposta do público! Aplausos de pé! Por fim, poetas e poetisas fizeram uma Roda de Glosas. Participaram: Wellington Rocha, Didi Patriota, Lucas Rafael, Elenilda Amaral, Mariana Teles, Dayane Rocha e Ana Clara Souza. O evento , ao todo, foi analisado positivamente!

E aqui seguem as fotos!


Joyce Maria

Mariana Veras

Erivoneide Amaral

Sara Cristovão

Marcos Passos, Severina Branca e Ésio Rafael

Carina Acioly

Monique D' Angelo

Afonso Pequeno e Lázaro Pessoa

Adriana Souza

Thyelle Dias

Veronica Sobral

Agda Moura

Mesa de Glosas: Elenilda Amaral, Wellington Rocha, Ana Clara Souza, Lucas Rafael, Mariana Teles e Didi Patriota

Lindoaldo Campos

Rosinha Gomes  

quinta-feira, 18 de julho de 2013

38º Jogos Escolares: Brilho do Sertão


Sertão do Pajeú brilha com os Jogos Escolares



                  Há 38 anos, o Sertão do Pajeú se reúne em Afogados da Ingazeira para vivenciar os Jogos Escolares. Um momento incrível, de muita emoção, empenho e engajamento. 
Nessa terça ( 16/07), a abertura foi um verdadeiro show de cultura, emoção e, principalmente, participação de atletas e representantes escolares. 

                     Sendo assim, a GRE Sertão do Alto Pajeú, representada pela gestora Josefa Rita de Cássia e sua equipe, parabeniza o empenho de atletas e equipes escolares pela dedicação e brilhantismo nas competições dos 38º Jogos Escolares – Fase Regional, como, também, registra sua satisfação com a harmonia, a coesão e a imponência com que as apresentações das escolas se deram, na abertura desse grandioso evento:
·         A EREM Oliveira, do município de São José do Egito, com o grupo: “A magia do Circo”.
·         A Escola Pedro Pires, do município de Tabira com o grupo: “Diversidade Cultural”.
·  A Escola Arnaldo Alves Cavalcanti, também do município de Tabira com o grupo: “Espetáculo Pernambucano”.
·         E o Colégio Normal Estadual, com sua Banda Marcial.
               Em 2013, os Jogos Escolares estão alicerçados no viés educativo, considerando o teor pedagógico. Contamos com a participação de aproximadamente 2.800 atletas, 200 equipes nas diversas modalidades: Individual-xadrez, natação, tênis de mesa, judô e atletismo- Coletiva- handebol, futsal, basquete, vôlei e futebol.
                       Fazendo uma análise histórica dos Jogos Escolares em Afogados da Ingazeira, é possível ver que houve muita mudança, sobretudo na concepção do que é, de fato,  um evento esportivo. Há alguns anos a semana dos jogos era esperada por todos de forma fervorosa, pois se tratava de uma semana de festas, com bandas, barracas, entre outros atrativos. O caráter de semana festiva era bastante evidente.                                    Atualmente, com o olhar voltado para a formação integral do jovem, o caráter educativo e esportivo é que conduz o evento. Os atletas estão engajados e entusiasmados nas competições, levados pelo espírito participativo. 
              Parabéns escolas, atletas, parceiros municipais, patrocinadores e as famílias dos atletas pelo apoio!












Fonte: GRE Sertão do Alto Pajeú - Afogados da Ingazeira
Fotos: Claudio Gomes

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Primeira mesa de glosas com a participação feminina!!


Poetisas participam de Mesa de Glosas




SÁBADO, DIA 20/07, EM PLENA FESTA UNIVERSITÁRIA, ÀS 15 HORAS, NO CENTRO DE INCLUSÃO DIGITAL DE SÃO JOSÉ DO EGITO, LANÇAMENTO DA OBRA POÉTICA DE CANCÃO, ORGANIZADA POR MARCOS PASSOS, ÉSIO RAFAEL E LINDOALDO Jr

O PREÇO DO LIVRO: R$ 15,00

NA OCASIÃO, FAREMOS TAMBÉM UMA HOMENAGEM À POETISA SEVERINA BRANCA.

ATRAÇÕES:

CANTORIA COM AFONSO PEQUENO E LÁZARO PESSOA
GRANDE RECITAL FEMININO
MESA DE GLOSAS MISTA (QUATRO POETISAS E TRÊS POETAS)

ÔXI, BORIMBORA MEU POVO!!!

2ª SEXTA DA CULTURA EM BREJINHO


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Lá pela Flórida...

É por lá que anda ela...




A professora de Inglês Maria José Santos está, desde 24 de junho, na Flórida ( EUA)! Maria foi selecionada para fazer um curso de atualização da língua que leciona. Ficará por lá até inicio de agosto! Muito aprendizado,  com certeza! Quando ela chegar (claro!) faremos um encontro para saber os detalhes da viagem, do curso, de tudo!

Volte bem, Maria, todos lhe esperam com carinho!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Poetisa nossa: Thyelle Dias

POETISA THYELLE DIAS:  BELEZA EM POESIA


        Thyelle Dias nasceu em 26 de junho de 1993 no Cariri paraibano, na cidade de Livramento – PB. Começou admirar a poesia através de versos eruditos de poetas como Carlos Drumunt de Andrade, Vinícius de Morais, entre outros, que lhe eram apresentados por sua mãe, que é professora. Porém, por conta própria, quando ainda era criança, teve a curiosidade de pesquisar mais sobre a poesia do Sertão, quando se apaixonou pelos versos populares. Fez seus primeiros versos ainda quando criança, mas sempre os guardava devido a timidez. 
        De, sensibilidade apurada e inspiração fácil e invejável, Thyelle, além de poetisa, é cantora, compositora, violonista e clarinetista. Namorada do poeta Vinícius Gregório, Thyelle completa o coração poético dele!

Vejam que lindo poema:

Mergulho no Passado

A lembrança me testa vez em quando
Pra saber se eu sou forte de verdade;
Pra saber se eu aguento uma saudade
Ou saber se eu estou no meu comando...
Mas confesso a lembrança, que eu não ando
Sem estar consciente e prevenida.
Levo sempre no bolso desta vida
Uma gota de choro bem guardada,
Se a saudade vier, volta aguada,
Que eu não sou de enxugar a dor caída.

Certa vez a lembrança fez lembrar
Do sabor da infância doce e pura
E eu me vi remontando a travessura
De voltar pro passado e lá ficar.
Vi Mãe Preta sentada a bocejar
Às seis horas da noite, o céu escuro,
Era a hora do sono estar maduro
E se a lua subisse, ele caía,
E ali mesmo sentada ela dormia.
(Como é bom, mãe, te olhar do meu futuro).

Vi vovô caminhando pro roçado
Com seu terno e chapéu a moda mato.
As passadas tão mansas do mulato,
Acusavam seu corpo já cansado.
Boi carreiro com nome de azulado
Bem marcado no lombo por ferrão
E vovó preparando a refeição
Em um fogo de lenha de angico.
Vi então que o passado era mais rico
Que um presente comprado a um milhão.

Avistei da janela da lembrança
Uma casa repleta de janela.
Ao entrar no salão vi logo a cela
Pendurada em um torno pela trança;
Mãe fazendo a Deus pai sua cobrança,
Debruçada nos pés de um oratório;
Pai voltando cansado do escritório
Onde a terra molhada era o patrão.
No passado enterrei minha visão,
Mas chorei ao voltar desse velório.

Umbuzeiro na porta da cozinha
Era pouso pro canto do vem-vem;
Já sentia-se o cheiro do xerém
Cozinhado com caldo de galinha;
No empenho da casa de farinha
Mandioca na mão do queitatú;
Preparava-se a massa pro beiju,
Pra levar para a mesa mais fartura.
E umbuzeiro pra nós era aventura
Pra subir e ficar chupando umbu.

A lembrança esqueceu só de um detalhe:
Esqueceu de lembrar de ir embora.
É que se ela se instala a toda hora,
Não existe uma dor que não se espalhe.
É melhor que ela então se amortalhe,
E me traga de volta pro presente.
E se um dia eu quiser testar a mente
Pra saber se eu aguento outra saudade
Eu te chamo, lembrança, e tu me invade
Pra mostrar-me o passado novamente.

                                     Thyelle Dias, Livramento 30/04/12


Rosa Pires: saudade imensurável

TABIRA PERDE ROSA PIRES






Depois de lutar mais de 2 anos contra câncer, Rosa faleceu na noite de ontem (08/07), em sua residência! Com 52 anos, Rosa Pires deixou marcada parte da história de Tabira nas suas aulas, nas quadras de esportes. Espírito de liderança, companheirismo e carinho pela docência, a professora fez muitos amigos nas escolas por onde passava. Por muitos anos foi professora da Escola Arnaldo Alves Cavalcanti, dividindo com Dedé Monteiro ( seu irmão), Teté e Nildinho, conquista dos Jogos Regionais do Sertão do Pajeú! Tantos troféus e tantas medalhas dedicadas a ela!  Foi idealizadora de ums dos maiores eventos de cultura estudantil da Escola Arnaldo ( FIPP - Festival  de Interpretação de Prosa e Poesia. O primeiro criado na região.   Assumiu a diretoria da escola citada por alguns anos. Por fim, exerceu a profissão na Escola Pedro Pires Ferreira, onde até hoje era lotada como professora de Língua Portuguesa ( aposentada em 2011) e de Educação Física. Amada pelos seus alunos, colegas, a professora sempre trazia alegria por onde passava, cutucava Dedé Monteiro ( seu irmão), para escrever poemas registrando fatos engraçados da escola! Sempre era assim!

Mãe exemplar, esposa dedicada, Rosa era apaixonada pela  família e a família por ela! Dividia o que tinha sem pensar em pormenores! Era humana, solidária, amiga! Poetisa, herdeira do sangue do verso, Rosa escrevia vez ou outra!  
Sua partida deixa uma saudade indescritível, uma dor irreparável!

A Escola Pedro Pires registra sua homenagem , em nome de cada aluno, cada atleta, cada professor:


Às vezes me pego ouvindo sua voz
Com pontos e vírgulas e exclamação!
Tantas concordâncias naquela oração
E você tranquila desatando os “nós”!
Algumas em grupo e outras a sós,
Você orienta cada atividade...
E nesse momento morro de SAUDADE
Queria que o tempo voltasse e, eu
Pudesse, de novo, ser aluno seu
Para encher meu peito de felicidade!

  
Ouvindo os seus gritos dizendo “ Pra frente!”
“Joga a bola!” “Vai!” “Você vai vencer!”
Cada dia desses me fez perceber
O quanto, conosco, sempre é competente!
A sua presença sei que foi presente
Que Deus destinou pra nos ensinar:
Que vence na vida quem sabe lutar
E a luta é o prêmio maior da vitória!
Você é um marco nessa nossa história
Que a Pedro Pires soube eternizar!

E pra família Monteiro, digo o seguinte:

Poetas,eu sei que a dor,
De vê-la agora partir
Não cabe na poesia
Nem é possível medir...
Porém do lado de Deus
Ela ouvirá versos seus
E com Ele vai aplaudir!


Para José Antonio Monteiro, o filho querido, único e tão bom de Rosa, digo:


Tua dor imensurável
Cada um de nós já sente...
Palavras serão palavras..
Superficiais somente,
Porém, José, acredito
Que teu amor tão bonito
Ela guarda eternamente!



Descansa em paz, Rosa! Teu legado faz parte da nossa história! Tabira te agradece por ser tua mãe!