terça-feira, 26 de novembro de 2013

Estamos de volta!


E eu tava com uma saudade...


Gente,

Sabe aquela loucura na vida da gente que não tem tempo de pensar para escrever? Eu tava mais ou menos assim! Longe desse espaço que amo de coração! Aqui faço da poesia, da cultura uma ponte para divulgar o Sertão lindo que tenho, que vivo! Aqui os horizontes são muito mais inatingíveis ... Aqui sou mais eu... mais poesia... mais sertaneja!

Então! Hoje, depois que vi a publicação da Professora Luzilá Gonçalves no Diário de Pernambuco exaltando a APPTA - minha mãe poética... Maior representação da poesia popular, não consegui ficar sem acessar meu lugar preferido e gritar para o mundo o grito da poesia pajeuzeira!

Pense em um orgulhoso! Arrepiou até a alma! Vejam se é verdade o que digo: 


Uma associação de poetas

No recente encontro organizado por Thais Ranieri e Cleber Ataíde, que reuniu, em Serra Talhada, professores e alunos ligados a estudos em Educação e Linguagem e estudantes de letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), uma bela surpresa: a apresentação da APPTA , Associação dos Poetas e Prosadores de Tabira, dirigidos por Dulce Lima e pelo poeta Dedé Monteiro.
 Dulce, minha aluna em curso de especialização na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) há tantos anos, recitou poema de sua autoria, dedicado à antiga(?) mestra, quehorresco referens havia esquecido seu nome, mas não o sorriso. E o grupo aplaudidíssimo - no auditório repleto, teve quem não conseguiu entrar -  era apenas uma amostra do que é aquela associação de poetas da pequena cidade da região do Pajeú - a 1ª Antologia de Tabira - reuniu mais de cem autores.
Gente, quanta inspiração, beleza na simplicidade das palavras, na expressão dos sentimentos, na espontaneidade, no desejo de cantar a terra, casa, família, paisagens, bichos. A partir de glosas como: " A estrada passou por cima/ da casa que eu nasci nela" ou "Não consigo tirar do pensamento/ a casinha da roça onde eu morei" lamentam-se os desmantelos do progresso, a nostalgia do que passou e a memória conserva. Zé de Mariano escreve : " Um poeta transpira poesia/ como nos pingos da brisa à madrugada", mas afirma: " quando a seca terrível predomina/ não se inspira o poeta, pois conhece/ que uma planta da roça que não cresce/ é um grão de miséria que germina". O notável Dedé Monteiro fala de solidariedade e anuncia: por tanto mal que acontece/ este mundo até parece/ que para o fim se encaminha.
Em Pergunta a Joaquim Cardozo, Joâo Cabral fala da insubserviência de Pernambuco, característica "de quem já foi mais". Ao ouvir esses poetas só se tem de corrigir nosso grande representante: ainda somos "mais" querido João.




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